top of page

Sustentar as diferenças

  • Foto do escritor: Débora de Cássia Martins
    Débora de Cássia Martins
  • 28 de set. de 2023
  • 2 min de leitura
Somos seres que precisam e dependem de relações; relações essas que são permeadas e marcadas por interesses em comuns, mas que carregam também aquilo que é único em cada pessoa. Podemos incorrer ao pensamento de que se conseguirmos sustentar nossas diferenças conseguiremos fazer o mesmo diante das relações e do grupo e viveremos uma vida feliz em que somos diferentes e vivemos essa diferença no meio de outras pessoas.
Pode ser que experimentemos situações dessa natureza, estando dentro de um grupo vivemos nossas idiossincrasias sem medo nem vergonha e nos sentimos parte; mas e quando estamos num grupo em que não há espaço para aquilo que é nosso - e diferente dos demais - e nos sentimentos excluídos?

Podemos sair correndo, tentando resolver a situação, seja anulando em nós nossas posições e nos tornando homogêneos ao grupo ou seja se opondo ao grupo considerando que ele nos fere. Mas nem sempre precisamos resolver uma situação ou mudar as coisas de lugar. Na grande maioria das vezes o movimento que leva ao nosso crescimento e amadurecimento é sustentar o desconforto, tolerar os momentos em que as coisas não saem do jeito que queremos, acolhendo - dentro desse movimento - os sentimentos que vão surgindo.

Não é preciso se anular nem se opor aos outros. Podemos sustentar nossos pontos e visões e acolher o sentimento de peixe fora d'agua que pode emergir. Olhar com um interesse genuíno como é se sentir destoando do grupo, mas sendo parte dele, como é experimentar as emoções diante dessas situações.

É assim que também podemos orientar as crianças e adolescentes. Há situações que eles podem se sentir à parte, mas em outros momentos se sentir dentro. Os sentimentos que vão surgindo diante dessas situações também vão falando sobre aquilo que é importante para eles. O que se pode aprender com essas experiências? Será que é preciso que sempre sejamos aceitos e façamos parte? E quando isso não acontece? É o fim do mundo? Como podemos lidar com essas situações? Como podemos experimentar momentos desconfortáveis para aprendermos sobre nós?






Posts recentes

Ver tudo

Comments


Post: Blog2 Post

©2021 por Débora de Cássia Martins. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • Instagram
bottom of page